Relato de Acidente no Trabalho

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Trabalhador fica gravemente ferido após queda de andaime em Joaçaba/SC
Data: 16/04/2014 / Fonte: ND Oeste
Joaçaba/SC - Um trabalhador ficou gravemente ferido ao cair de uma andaime, na manhã desta terça-feira (15), em uma casa que está em obras no bairro Clara Adélia, em Joaçaba. O jovem, de 19 anos, foi levado para o hospital com os sinais vitais baixos e respirando com dificuldade.

Mais uma pessoa estava na casa, porém ela não soube explicar o que aconteceu por que estava em outro cômodo. O SAMU foi acionado e encontrou a vítima com os sinais vitais fracos. O rapaz foi imobilizado e levado para a ambulância, onde os socorristas realizaram procedimentos de reanimação por aproximadamente meia hora.

Ele recebeu medicamentos e massagens cardíacas e o médico que atendeu a ocorrência aplicou choques no peito da vítima, que foi levada à emergência do Hospital universitário Santa Terezinha.

Segundo o proprietário da casa onde o acidente aconteceu, o rapaz está em Joaçaba há poucos dias. Ele é de Curitiba e não tem parentes na cidade. Segundo informações repassadas pelo HUST, o rapaz está internado na UTI do hospital.

ANAMT alerta para o alto número de mortes de trabalhadores
Data: 08/05/2014 / Fonte: ANAMT
As obras para a realização da Copa do Mundo fizeram mais uma vítima. O operário Mohammed Ali Maciel, de 32 anos, sofreu uma descarga elétrica durante a construção da Arena Pantanal, em Cuiabá (MT). A um mês da realização do evento, nove pessoas já morreram em acidentes nos estádios.

As quedas vitimaram quatro trabalhadores, o que demonstra a implementação inadequada das medidas previstas na NR 35. Falhas na operação de guindastes ocasionaram a morte de outras três pessoas, atestando a importância da inserção do plano de cargas, previsto na Norma Regulamentadora 12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos), nas obras.

A diretora de divulgação da ANAMT, Drª Marcia Bandini, ressalta outros fatores que agravam as condições de trabalhos nos estádios, como pressa, jornadas de trabalho extensas, além de treinamento e supervisão inadequados.

"O trabalho deve ser executado e planejado em condições seguras e tempo hábil. Senão, continuaremos a ter mortes como consequência da pressa. O improviso nas construções precisa acabar", ponderou Dra. Márcia.
Operário morre após descarga elétrica na Arena Pantanal

Edson Rodrigues/Secopa-MT
Data: 09/05/2014 / Fonte: G1

Cuiabá/MT - Vítima recebeu atendimento dentro do próprio estádio, mas não resistiu.
Ele trabalhava em empresa terceirizada contratada por consórcio da obra.
Um operário morreu nesta quinta-feira (8) após receber uma descarga elétrica enquanto trabalhava na obra de construção da Arena Pantanal, em Cuiabá. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atendeu a ocorrência, a vítima sofreu uma parada cardiorrespiratória. Duas equipes médicas o atenderam no próprio estádio, porém, ele não resistiu. A vítima não chegou a ser encaminhada para o hospital e morreu no local do acidente.
O corpo do trabalhador deve ser encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), na capital.
Ele trabalhava em uma empresa terceirizada contratada pelo consórcio responsável para executar a obra. No momento do acidente, a vítima, que morava na capital, estava no setor leste da Arena Pantanal, onde serão sediados jogos da Copa do Mundo, no próximo mês.
A assessoria da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) ainda não se manifestou sobre o assunto.
O chefe de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso, José Almeida, disse que as causas do acidente serão averiguadas e reclamou do fato de o órgão não ter sido comunicado do fato. "Ficamos sabendo pela imprensa e isso já é um erro. Primeiro, vamos verificar as circunstâncias do acidente e não podemos considerar que a morte seja normal", afirmou



Acidentes do Trabalho
Quatro operários caem de altura de 10 metros
Data: 13/05/2014 / Fonte: R7
Uma hipótese é que eles tenham usado o mesmo ponto de apoio para todos os cabos de segurança

Brasília/DF - Quatro operários que trabalhavam no prédio dos Correios,  próximo ao aeroporto, caíram de uma altura de 10 metros, enquanto faziam um trabalho externo no edifício, na manhã desta terça-feira (13).

Segundo a Polícia Militar, os homens colocavam um adesivo no teto do prédio quando o ponto de amarração das cordas que eles utilizavam, quebrou. Os homens trabalhavam com um equipamento no formato rapel. 

Há suspeitas de que o ponto de amarração da corda não tenha suportado o peso porque todos usavam o mesmo apoio. O acidente ocorreu por volta das 11h, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A perícia da Polícia Civil com as causas do acidente deve sair em 30 dias.

Os trabalhadores foram levados conscientes  ao Hospital de Base. Ainda não há detalhes sobre o estado de saúde dos operários. 

Especialistas alertam para extensão social dos danos do trabalho

Cavan Images/Getty Images
Data: 29/04/2014 / Fonte: Rede Brasil Atual
São Paulo/SP - O volume de problemas decorrentes de um acidente ou doença com origem no exercício profissional é mais amplo do que o dano imediato de uma determinada ocorrência. E a recorrência desses impactos no mundo do trabalho é um problema de Estado, e não de governo. Essas constatações permearam um seminário pelo Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, realizado ontem na Federação do Comércio de São Paulo.

Entre os sintomas de doenças causadas pela cobrança abusiva de metas, a terceirização, o assédio moral - causas apontados inclusive como responsáveis por mortes decorrentes de uma ambiente de trabalho nocivo - estão a perda de autoestima e da capacidade de interação social. A autodestruição pode levar à depressão e ao alcoolismo, problemas que também repercutem entre os familiares.

"Casos de trabalhadores que perdem a mobilidade, que passam a ter problemas de comunicação, com maiores gastos, perda de renda, são apenas exemplos de problemas que podem causar traumas para todos. São imensuráveis os impactos sociais disso", diz o pesquisador Celso Amorim Salim, da Fundacentro, autarquia vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo ele, a preocupação cresce porque a tecnologia, os conhecimentos, e as pesquisas são capazes de detectar a origem dos problemas, mas as relações de trabalho ainda não criaram condições de se colocarem em prática as soluções possíveis, entre elas a adequação dos recursos tecnológicos e das políticas de gestão aos limites da condição humana.

A solução passaria por um envolvimento de todos os setores - representantes de trabalhadores, das empresas, dos poderes públicos e de especialistas. "Não é problema do médico, do engenheiro ou do técnico de segurança. Acidentes e mortes no trabalho não acontecem por acaso, são evitáveis. É um problema político que deve ser resolvido pelo conjunto da sociedade", disse o assessor da Secretaria de Saúde da CUT, Gilberto Salviano.

Segundo estudo apresentado pela central, nos últimos 42 anos aconteceram aproximadamente 38 milhões de acidentes de trabalho, sendo cerca de 560 mil com incapacidade permanente. Quando distribuídos por região, 386.904 acidentes foram contabilizados na região Sudeste, dois terços deles no estado de São Paulo. Segundo informações do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, 51% de todas as ações trabalhistas do país têm origem em São Paulo, a maioria relacionadas a impactos na saúde.

O superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego de São Paulo, Luiz Antônio de Medeiros, explica que o estado concentra mais de 50% da produção do país, por isso tem um desafio maior no enfrentamento desses problemas. "Prevenção não é despesa, mas investimento. Estado e empresas vão gastar menos se não houver acidentes. Temos de conscientizar os empresários e trabalhadores. Vamos começar reuniões tripartites para estabelecer, em curto prazo, metas de redução de acidentes", afirmou.

Em maio, o Ministério do Trabalho e Emprego pretende lançar um programa de combate à informalidade no país, outro fator degradante para saúde do trabalhador. Segundo o ministro Manoel Dias, as estatísticas tendem a ocultar um cenário ainda pior, já que não incluem dados do setor informal, nem do funcionalismo público. "Vamos alcançar todas as empresas, especialmente as menores, com as tecnologias que temos disponíveis para isso. Com isso vamos conhecer outros números, a exemplo do que está acontecendo com o trabalho escravo e trabalho infantil, que não aumentaram mas se tornaram conhecidos devidos às ações de fiscalização desenvolvidas".

O Ministério Público do Trabalho (MPT), por sua vez, informa ter elaborado projetos destinado à melhoria da condições de trabalhado em setores altamente vulneráveis, como construção civil e pesada, sucroalcooleiro e frigoríficos, e ao banimento do amianto. "O trabalhador deve ser visto como sujeito no ambiente do trabalho e não como objeto, visado apenas para aumentar os lucros", disse a procuradora-chefe do MPT-SP, Cláudia Regina Lovato Franco.

"Acidentes são eventos socialmente determinados. São previsíveis e possíveis de prevenir. Estão por traz dessas mortes prazos de entrega, obsessão por resultados, flexibilidade e falta de democracia nos locais de trabalho. Precisamos refletir", diz o pesquisador Ildeberto Muniz de Almeida, Saúde Pública da Faculdade de Medicina de Botucatu.

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Abaixo, confira tabela com os números de acidentes de trabalho no País.

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